quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Conversa velha

Essa semana reencontrei algumas pessoas que não via faz algum tempo - quase um ano, nos casos mais graves. Depois dos cumprimentos habituais, necessários para reestabelecer (ao menos em parte) aquela atmosfera de camaradagem de outrora, invariavelmente vem a pergunta:

- E o que você conta de novo?

E invariavelmente respondo:

- Ahh... nada.

Em todas as ocasiões foi exatamente assim. Nenhuma novidade para contar. Continuo com os mesmos costumes, hobbies, atitudes, etc... de antes. Não conheci pessoas novas, não fiz novos amigos, não visitei outros lugares.

Depois, parei para pensar e cheguei a uma conclusão no mínimo perturbadora: Sempre, desde os tempos em que ainda morava em sampa, foi assim. Nunca existiu "nada de novo" para contar. Eram sempre as mesmas coisas.

Mas isso é ridículo. Quer dizer, então, que estou estagnado? Parado no tempo? Dias, meses e anos se sucedem, e enquanto todos os outros seguem em frente eu continuo basicamente no mesmo lugar? Não pode ser.

Mas é. E a percepção desse fato foi um enorme desapontamento.

Decidi que tenho de mudar, nem que seja em algo trivial, básico. Uma mudança qualquer. E tem de ser logo, pois daqui a pouco já não haverá mais tempo nem espaço para isso.

Não pode ser TÃO difícil. Todos mudam, a todo momento. Basta querer e seguir em frente. Uma vez dado o primeiro passo, os demais ocorrerão naturalmente.

Assim espero.